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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Genética na escola tem ritmos próprios

Transgênicos, clonagem, teste de DNA, mapeamento do genoma humano. Estes temas ocupam lugar de destaque nas agendas de pesquisa de várias instituições. A mídia impressa e televisiva tem se deixado invadir pelos resultados e polêmicas gerados com essas pesquisas. E a escola? Será que o ritmo intenso e veloz dos novos rumos da genética tem orientado transformações no ensino de biologia? Quais as impossibilidades da escola incorporar tais conhecimentos? O que acontece com os conhecimentos científicos quando saem dos laboratórios e chegam às escolas? É papel da escola trabalhar com esses "novos" conhecimentos? Na opinião de pesquisadores da área de ensino de Biologia a escola não acompanha o ritmo impresso pela velocidade de produção de conhecimento no campo das ciências biológicas. E, para alguns, nem deveria acompanhar, pois apresenta outras funções sociais, preocupações e tradições.

Mapas do DNA ativo do parasita abrem caminhos para a criação de vacinas e para resister a resistência do verme a medicamentos

No futuro próximo, a integração das análises em larga escala permitirão entender melhor o parasita e elaborar novas estratégias para um tratamento mais eficiente

A doença é pelo menos tão antiga quanto os faraós que afetava, mas seus efeitos teimam em atormentar a humanidade de hoje. Cerca de 200 milhões de pessoas sofrem atualmente com os vermes do gênero Schistosoma, que pode agir de forma devastadora sobre o sistema digestivo e urinário e até levar à morte. Contudo, o próprio mundo em desenvolvimento que sofre os efeitos mais sérios da esquistossomose está iniciando um contra-ataque, com a ajuda das técnicas mais modernas de análise genética. Cientistas brasileiros e chineses obtiveram um retrato abrangente dos genes ativos em duas espécies de esquistossomo, o S. mansoni e o S. japonicum.

Com os dados sobre o DNA dos dois vermes (que afetam respectivamente a América Latina e a Ásia, além de algumas regiões da África, no caso do S. mansoni), deve ser possível obter informações cruciais sobre como os esquistossomos interagem com o organismo de seus hospedeiros em nível molecular. Os mecanismos usados pelo verme para escapar da vigilância do sistema imune e para se aproveitar do metabolismo humano poderão ser dirigidos contra ele, permitindo o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas - trabalho que já está sendo feito pela equipe que investigou seus genes.

A esquistossomose é hoje um dos maiores problemas de saúde pública em vários países tropicais. A doença é endêmica em 74 países em desenvolvimento e estima-se que cerca de 600 milhões de pessoas vivam em áreas expostas ao parasita. Tamanha população sob risco vive em países com saneamento básico insatisfatório, o que facilita a transmissão do parasita (pelas fezes e pela urina dos doentes, que acabam contaminando lagos e lagoas). No Brasil, o único causador da moléstia é o Schistosoma mansoni. A transmissão é mais comum no Nordeste e no norte de Minas Gerais, mas todos os estados têm áreas afetadas.
Existe um medicamento efetivo contra o verme, chamado praziquantel. Supõe-se que ele aja sobre um canal existente nas células da superfície do parasita, gerando um descontrole no fluxo de íons (átomos eletricamente carregados) para dentro e para fora delas. Os canais de íons são fundamentais para o funcionamento do sistema nervoso e outras funções, e sem eles o esquistossomo acaba morrendo. Já foram realizados tratamentos em massa com o praziquantel nas populações afetadas em países como Egito e Senegal. O problema, contudo, é que o remédio elimina os parasitas da pessoa tratada, mas não impede que ela seja reinfectada por outros vermes quando volta a se expor em águas contaminadas. Além disso, há indícios de que estão surgindo linhagens de esquistossomos resistentes ao medicamento nessas áreas. Por isso é importante descobrir uma vacina: ela daria proteção permanente e seria a maneira mais eficiente de romper o ciclo de infecção.

Em termos de complexidade, o ciclo de vida do S. mansoni não fica atrás do que se observa em insetos e anfíbios. O parasita passa parte de sua existência na água doce e ocupa dois hospedeiros: o caramujo do gênero Biomphalaria e o homem. Uma vez no organismo humano, os vermes se instalam primeiro nas veias do pulmão e, mais tarde, as que alimentam o fígado. A fêmea adulta (com 2 cm de comprimento e 2 mm de espessura) é delgada e mais comprida que o macho, que a abriga num canal de seu ventre. Eles se fixam nas paredes dos vasos sangüíneos por meio de ventosas.

Acasalamento no Intestino

Quando se acasalam, os vermes vão para as veias do intestino, onde a fêmea pode produzir até 3 mil ovos por dia. São esses ovos que acabam sendo eliminados pelas fezes, geram larvas que se abrigam temporariamente nos caramujos e, na forma de cercárias, penetram na pele de quem se banha em água contaminada, fechando o ciclo. O parasita pode viver mais de uma década dentro do organismo humano, provavelmente porque é mestre em iludir as defesas do sistema imune. Parece que o esquistossomo consegue interferir na sinalização das células de defesa, com a ajuda de substâncias que alteram seu padrão de resposta ou mesmo induzem à morte programada de algumas delas. Esses mecanismos ainda são muito pouco compreendidos, e elucidá-los representa um passo importante para combater o verme.

À primeira vista, mapear quais proteínas participam das várias fases da vida do parasita seria o jeito ideal de começar a desvendar sua interação com os hospedeiros. Essas moléculas estão entre os principais componentes celulares, envolvidos em quase todos os processos biológicos, mas obter informações em larga escala diretamente delas tem se mostrado muito difícil por razões técnicas. Um dos atalhos para contornar essa dificuldade é se concentrar no RNA mensageiro, ou mRNA. Essa molécula faz a ponte entre a informação contida no DNA, que contém as instruções para a fabricação de qualquer proteína, e as máquinas celulares que produzem as proteínas.
Cada molécula de mRNA vem de uma parte específica do genoma e contém a informação para a produção de uma proteína. O mRNA carrega essa informação para estruturas celulares chamadas ribossomos, os quais, a partir dela, começam a montar a cadeia protéica. É possível deduzir as proteínas produzidas em uma célula a partir da obtenção das seqüências de bases ou "letras" químicas (A, T, C e G) das moléculas de mRNA que a célula esteja produzindo. É claro que essa informação também poderia ser deduzida diretamente do DNA, mas o seqüenciamento do mRNA tem uma vantagem: essa molécula sempre contém mensagens que codificam proteínas, enquanto o DNA é composto, em sua maioria, pelo chamado "DNA-lixo", seqüências que não correspondem a proteínas.

É por isso que inúmeros esforços têm sido feitos pela comunidade científica para estudar o mRNA do Schistosoma. Entre eles, destaca-se uma iniciativa brasileira, o "Projeto Genoma de EST do Schistosoma mansoni", realizado por nossa equipe no estado de São Paulo. Esse projeto produziu aproximadamente 160 mil ESTs (Expressed Sequence Tags, ou Etiquetas de Seqüências Transcritas, em inglês), que são seqüências curtas de fragmentos de mRNA. A obtenção de ESTs é interessante porque seqüenciar totalmente as mensagens de RNA é um trabalho muito complexo, ao passo que obter apenas fragmentos curtos é bem mais fácil. Além do mais, a informação contida neles já é suficiente para deduzir a proteína que é codificada por aquela mensagem de RNA. Posteriormente essas mensagens se tornam públicas, e os cientistas poderão utilizar essa informação para obter a mensagem completa de algum RNA de interesse, por meio de experimentos adicionais, e produzir a proteína codificada por ele para a realização de novos experimentos.

A análise dos fragmentos de seqüências provenientes do mesmo gene nos permitiu concluir que o Schistosoma mansoni deve ter aproximadamente 14 mil genes. O número é comparável ao de outros organismos invertebrados de complexidade parecida, tais como a mosca-das-frutas Drosophila melanogaster, que já teve todo o seu genoma "soletrado" e possui 13,7 mil genes, ou a ascídia Ciona intestinalis, membro marinho e primitivo do grupo dos cordados (que inclui os vertebrados, como o homem), com 15,8 mil genes. Ao mesmo tempo, a estimativa não chega perto dos 31 mil genes que aparentemente compõem o genoma humano. Entre os 14 mil genes do S. mansoni, estima-se que 7 mil estejam ativos na fase adulta, quando ele habita o organismo humano. Nosso trabalho também obteve seqüências ativas nas outras cinco fases do ciclo de vida do verme.

Para obter ESTs, nosso projeto utilizou uma técnica diferente dos demais estudos com esquistossomos, chamada Orestes. Desenvolvida no Brasil, uma de suas características é obter preferencialmente seqüências da região central da molécula de RNA. A vantagem desse procedimento é que, nas moléculas de RNA, a região que contém informações para a produção de proteínas é justamente a central, e torna-se possível deduzir mais facilmente quais proteínas estão presentes no parasita.
As informações que obtivemos têm ajudado a entender diversos processos biológicos do verme, tais como o desenvolvimento, o duelo com o sistema imune do hospedeiro e a determinação das diferenças radicais entre machos e fêmeas. Encontramos novos receptores de neurotransmissores (os mensageiros químicos do sistema nervoso) e canais de íons. Esses achados são particularmente interessantes, já que esses receptores e canais são expostos na superfície das células do parasita. Eles provavelmente são proteínas bastante acessíveis e poderão ser alvo de novos medicamentos que possam interferir em seu funcionamento e causar a morte do esquistossomo. Foram encontrados também mRNAs codificadores de proteínas que podem conferir resistência a medicamentos. Essas proteínas funcionam como bombas, que retiram medicamentos de dentro da célula, o que pode interferir em possíveis tratamentos contra a esquistosomose.

Trabalho Chinês

Ao lado do projeto brasileiro, outro seqüenciamento em larga escala foi realizado na China, liderado pelo Centro Nacional Chinês do Genoma Humano, em Xangai. O objetivo era estudar o transcriptoma (o conjunto dos genes transcritos em mRNA) do Schistosoma japonicum, comum no Sudeste Asiático e no Pacífico Ocidental, que tem como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Onchomelania. Esse projeto utilizou a abordagem tradicional para a obtenção de ESTs, que obtém preferencialmente seqüências das pontas das mensagens, e se restringiu ao estudo dos adultos (macho e fêmea, em separado) e ovos do parasita.

A partir das seqüências, foi possível tirar uma série de conclusões a respeito da biologia do Schistosoma japonicum, incluindo dados sobre possíveis mecanismos de interação do parasita com o hospedeiro humano e de genes com diferenças de ativação entre machos e fêmeas, possivelmente responsáveis pelas diferenças na fisiologia entre os sexos. Os dados obtidos por esse projeto foram publicados na mesma edição da prestigiosa revista científica Nature Genetics que divulgou os resultados do projeto brasileiro, permitindo uma comparação entre os dois programas. Também existem planos do Instituto Sanger, na Inglaterra, de gerar ESTs do Schistosoma hematobium, outro parasita aparentado que causa esquistossomose urinária e é encontrado na África e no Oriente Médio. Assim, será possível realizar estudos comparativos entre as três espécies de verme e entender as diferenças entre elas.

O trabalho brasileiro do ano passado aumentou em dez vezes a quantidade de informações sobre genes de Schistosoma, e permite agora que técnicas de genômica de larga escala sejam utilizadas para obter mais informações sobre a vida do parasita enquanto ele cresce e amadurece dentro do hospedeiro humano. As abordagens mais tradicionais se concentravam no estudo de apenas um gene ou proteína isoladamente, mas a genômica de larga escala permite estudar centenas ou milhares deles.
Esse tipo de abordagem gera resultados que permitem uma visão mais ampla do funcionamento do organismo, além de orientar uma escolha mais racional de alguns genes ou proteínas que estejam mais ativos em certa fase de sua vida, e que podem, então, ser estudados em mais detalhe pela abordagem tradicional. Um dos maiores passos para iniciar esse tipo de estudo foi o seqüenciamento do genoma humano, finalizado em 2001, que abriu as portas para o estudo de milhares de genes ao mesmo tempo em uma célula do Homo sapiens.

Novidades Biológicas

Atualmente, uma série de outros organismos estão tendo os seus genomas seqüenciados, o que tem gerado diversos resultados promissores. A genômica em larga escala de Schistosoma é particularmente interessante, pois se conhece muito pouco sobre os mecanismos moleculares que o parasita usa para se adaptar dentro da circulação do homem, dentro do molusco e em água doce. Além disso, nenhum organismo que seja parente próximo dele foi estudado exaustivamente. Portanto, pode-se esperar uma série de novidades em termos de mecanismos biológicos a partir do estudo desse verme.

Uma das principais técnicas genômicas em larga escala utilizadas é a de microarray, ou chip de DNA. Nessa técnica, colocamos uma das duas fitas de DNA de um determinado gene do parasita em um suporte de vidro. Em seguida, escolhe-se um parasita que se deseja estudar (um verme adulto macho, por exemplo) e retira-se todo o mRNA. As moléculas são marcadas com uma substância fluorescente colorida e colocadas no suporte de vidro que contém a fita de DNA do gene de interesse.

A fita do RNA marcado possui a propriedade de se ligar à fita complementar de DNA depositada no vidro. A quantidade de RNA marcado que vai se ligar à fita complementar que está no vidro depende de quanto o gene em questão está ativo no adulto macho. Assim, é possível detectar a presença e a quantidade do mRNA daquele gene na amostra de RNA total do parasita. Fazendo a deposição de milhares de trechos de DNA, cada qual em uma posição demarcada da lâmina de vidro, é possível realizar ao mesmo tempo a medida do grau de funcionamento (nível de expressão) de milhares de genes de Schistosoma em uma dada amostra de RNA.
Com isso, é possível estudar a variação das quantidades das mensagens de RNA do parasita ao longo de diversas situações de sua vida. Ao identificarmos os genes e as proteínas envolvidos no desenvolvimento do verme, selecionamos os alvos que posteriormente poderão ser objeto de um estudo mais detalhado. Essa técnica pode ser especialmente interessante para entender melhor os mecanismos de escape do parasita e os de interação com o sistema imunológico do hospedeiro humano.

Uma nova técnica promissora para o controle do funcionamento de um certo gene é a interferência de RNA (RNAi), que consiste em estimular o cancelamento de uma determinada mensagem de RNA no organismo vivo. É possível fazer isso por meio da introdução de um pequeno pedaço da fita contrária desse RNA, causando a formação de um trecho de RNA fita dupla (essa molécula, ao contrário do DNA, costuma aparecer como fita simples). O cancelamento ocorre porque o RNA fita dupla ativa um aparato de degradação de RNA, existente nas células para regulação dos níveis dessa molécula. Assim, colocando artificialmente dentro da célula uma grande quantidade extra de um pedaço curto da fita complementar, e aumentando assim a quantidade de RNA fita dupla, é possível disparar a sua degradação, desligando um gene específico do organismo. Com a degradação daquele RNA, não haverá mais produção de uma determinada proteína na célula, o que possibilita estudar o efeito da falta dessa proteína no organismo.

É possível também realizar testes em larga escala de candidatos a vacinas utilizando novas proteínas, cujos genes foram encontrados nos projetos de seqüenciamento de mRNA de Schistosoma. Esses genes podem ser colocados em bactérias, para que elas produzam uma cópia da proteína do parasita. Essa proteína é então isolada da bactéria, purificada e inoculada em cobaias. Posteriormente, as cobaias serão expostas ao Schistosoma vivo e quando se confirma se a vacina realmente ativou o sistema de defesa do organismo das cobaias. A partir disso, são selecionadas as vacinas que apresentarem resultados mais promissores, fazendo-se também um estudo mais detalhado da possível combinação de diversas proteínas.

Genômica de Larga Escala

Atualmente, laboratórios brasileiros estão utilizando a informação obtida no nosso projeto para a realização desses experimentos de genômica de larga escala. Entre eles podemos destacar estudos de microarray, para verificar a influência de sinais bioquímicos do hospedeiro humano sobre o desenvolvimento do Schistosoma mansoni, realizados por nosso grupo no Instituto de Química da Universidade de São Paulo. Para isso, estamos construindo um microarray em lâminas de vidro, onde estão sendo depositados cerca de 4 mil fragmentos de genes de Schistosoma, selecionados entre os 14 mil genes recentemente identificados. Além disso, testes em camundongos de vacinas de DNA contra a esquistossomose estão sendo realizados, usando como alvos cerca de 30 novos genes de Schistosoma recém-identificados, um projeto liderado por Luciana C. Leite, do Instituto Butantan. Também estão sendo planejados experimentos de localização de diversas proteínas nos tecidos e compartimentos celulares do parasita, utilizando anticorpos específicos contra as novas proteínas recém-identificadas, por um grupo da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, liderado por Vanderlei Rodrigues.

Esperamos que, no futuro próximo, a integração das análises em larga escala, que estão sendo realizadas atualmente no Brasil e em diversos outros laboratórios pelo mundo, permitam entender melhor o parasita e elaborar novas estratégias para um tratamento mais eficiente. Desse modo, será possível diminuir a incidência de uma doença que afeta a população mais carente dos países em desenvolvimento.

por:Brandon Lee
Fonte:
Duetto Editorial

UMA VERDADE INCONVENIENTE

O filme conta um pouco de novidades boiologicas que estão acontecendo e que vão acontecer,ou seja,um alerta para a humanidade.

"Uma Verdade Inconveniente" é um alerta sobre o aquecimento global e como esse fenômeno causado por nossas ações pode, numa escala curta de tempo, fazer ruir o planeta Terra.
O político Al Gore, que foi vice-presidente dos Estados Unidos no governo de Bill Clinton e perdeu as eleições presidenciais para George W. Bush em 2000, montou o livro baseado em seu recente documentário, com frases curtas e farto de imagens. A combinação fez surgir uma publicação de alto impacto, com a intenção de alardear que o aquecimento global é o maior desafio que enfrentaremos neste século.
Tanto alarde tem um sentido: o de nos fazer entender que, para além das decisões políticas para deter o aquecimento global, cabe a cada um nós evitá-lo. Como? Para alívio geral, as dicas, sempre relacionadas ao consumo consciente, estão no fim do documentário.

sábado, 10 de julho de 2010

Doenças auto-imunes mais comuns

Artrite reumatóide: o alvo de ataque são os tecidos que revestem as articulações. Os principais sintomas são dores nas juntas, inchaço e sensação de rigidez nas articulações pela manhã. Atinge principalmente os dedos das mãos, punhos, joelhos, tornozelos e pés. A dor é simétrica, acomete os membros do lado direito e esquerdo.

Esclerose múltipla: o sistema imunológico causa lesões neurológicas graves e progressivas. Ao longo do tempo, a pessoa tem problemas de coordenação motora, redução da capacidade de visão e alterações na percepção sensorial. Entre outros sintomas, estão a sensação de cansaço, fraqueza nas pernas e problemas de memória.

Esclerodermia: os danos acometem as células que produzem o colágeno, substância que torna a pele elástica e que também está presente nas articulações. A doença atinge ainda pulmão, esôfago e rins. Entre os sintomas, estão o endurecimento da pele, aumento da sensibilidade dos dedos ao frio associado a dor e mudança em sua coloração (podem ficar brancos, azuis ou vermelhos).

Dermatite atópica: é uma inflamação cutânea crônica, clinicamente e histologicamente similar à dermatite de contato alérgica. Ela pode iniciar-se qualquer idade mas tem ocorrência em crianças (10 a 15%). São identificados pelo menos dois sub-tipos de dermatite atópica: um intrínseco (não-mediado pela IgE) e um extrínseco (mediado pela IgE). Isto desperta uma discussão sobre o papel dos alergenos como fatores desencadeantes da dermatite atópica, principalmante em crianças, onde o sub-tipo não mediado pela IgE prevalece.

Foi realizado uma revisão bibliográfica com enfoque em estudos in vitro e in vivo realizados recentemente e relacionados com a fisiopatologia da doença.

Os resultados mostram uma síndrome complexa que envolve diferentes estágios, iniciando pela forma intrínseca, evoluindo para a forma extrínseca e culminando com a forma auto-alérgica/auto-imune.

Referências: Allergy Clin Immunol Int: J World Allergy Org

Diabetes mellitus: é conhecida por diabete juvenil ou do tipo 1, pois seu diagnóstico ocorre na infância. É causada pela destruição auto-imune das células do pâncreas que secretam insulina. Sinais de alerta: sede excessiva, desejo freqüente de urinar, ganho de peso e cansaço.

Doença de Graves e tireoidite de Hashimoto: doenças auto-imunes da tireóide que causam sintomas distintos. Na doença de Grave, os anticorpos causam o hipertireoidismo, que deixa o paciente mais ansioso, com palpitações e tremor nas mãos, redução de peso e dificuldade de concentração. Na tireoidite de Hashimoto, a destruição na glândula tireóide causa o hipotireoidismo. Sintomas: cansaço, intolerância ao frio, depressão, ganho de peso, constipação e fraqueza.

Lúpus eritematoso: erupções avermelhadas se desenvolvem na face durante a doença. Pode atingir vários órgãos, incluindo o sistema nervoso central, os rins e o coração. Entre os sintomas, estão dor nas juntas, sensação de cansaço, anemia, rachadura na pele após exposição ao sol e depressão.

Psoríase: provoca alteração na multiplicação das células da pele, que se inflama. Surgem, então, placas avermelhadas principalmente no cotovelo, no joelho, no couro cabeludo e nas costas.

Vitiligo: provoca dano na produção de melanina, pigmento que dá cor à pele. O resultado disso são manchas brancas na superfície da pele, que podem aumentar com o tempo. Em alguns casos, ocorre estabilização.

Síndrome de Sjögren: o sitema imunológico provoca alterações nas glândulas lacrimais e salivares e nas mucosas do nariz, da vagina e do pulmão. Como conseqüência, o organismo parece secar. Sintomas: sensação de secura, redução da saliva, cansaço e inflamação pulmonar.

Doenças crônicas intestinais: as células de defesa se voltam contra o intestino, deixando a pessoa mais suscetível a inflamações. Sintomas: diarréia crônica, dor abdominal, náusea, cansaço, perda de peso, úlceras e dor nas articulações.

Doença celíaca: o dano é no intestino delgado e interfere na absorção de vitaminas. O paciente fica proibido de consumir glúten. Sintomas: dor e inchaço abdominal, diarréia crônica, perda de peso, anemia, gases, perda óssea, cansaço, depressão e dor nas articulações.

METABOLISMO DOS LIPÍDIOS

Apesar da identificação de uma lipase lingual secretada pelas células da base da língua, não há a digestão salivar dos lipídios devido a não haver um refluxo para a boca. Dessa forma, a identificação de uma lipase gástrica provavelmente corresponde àquela secretada pela língua.

Porém, o PH extremamente ácido do estômago não possibilita a ação integral desta lipase gástrica, diminuindo a velocidade de sua ação enzimática, havendo apenas a quebra de algumas ligações de ésteres de ácidos graxos de cadeia curta.

Em crianças lactentes, entretanto, o pH gástrico aproxima-se bastante da neutralidade o que indica que a lipase gástrica pode ter ação na digestão das gorduras do leite. Esmo assim, esta digestão não é eficiente devido às gorduras não estarem emulsificadas, o que dificulta a ação desta enzima hidrolítica.

A ação gástrica na digestão dos lipídios, portanto, está relacionada com os movimentos peristálticos do estômago, produzindo uma emulsificação dos lipídios, dispersando-os de maneira equivalente pelo bolo alimentar.

A chegada do bolo alimentar acidificado no duodeno induz a liberação hormônio digestivo colecistocinina (um peptídeo de 33 aminoácidos, também denominado pancreozimina) que, por sua vez, promove a contração da vesícula biliar, liberando a bile para o duodeno.

Os ácidos biliares são derivados do colesterol e sintetizados no fígado.

São denominados primários (ácido cólico, taurocólico, glicocólico, quenodesoxicólico e seus derivados) quando excretados no duodeno, sendo convertidos em secundários (desoxicólico e litocólico) por ação das bactérias intestinais. A bile, ainda, excreta o colesterol sanguíneo em excesso, juntamente com a bilirrubina (produto final da degradação da hemoglobina).

A colecistocinina possui, ainda, função de estímulo do pâncreas para a liberação do suco pancreático, juntamente com outro hormônio liberado pelo duodeno, a secretina. O suco pancreático possui várias enzimas digestivas (principalmente proteases e carboidratases) sendo a lipase pancreática a responsável pela hidrólise das ligações ésteres dos lipídios liberando grandes quantidades de colesterol, ácidos graxos, glicerol e algumas moléculas de mono-acil-gliceróis.

Os lipídios livres são, então, emulsificados pelos sais biliares em micelas e absorvidos pela mucosa intestinal que promove a liberação da porção polar hidrófila (sais biliares) para a circulação porta hepática e um processo de ressíntese dos lipídios absorvidos com a formação de novas moléculas de tri-acil-gliceróis e ésteres de colesterol, que são adicionados de uma proteína (apo-proteína 48, ou apo-48) formando a lipoproteína quilimíocron, que é absorvida pelo duto linfático abdominal, seguindo para o duto linfático torácico e liberada na circulação sangüínea ao nível da veia jugular.

Sistema Linfático


Todas as células do organismo recebem substâncias do meio e eliminam produtos resultantes do seu metabolismo, estando ou não em contacto com meio externo, do qual depende. Este intercâmbio de substâncias é possível graças ao movimento do sangue e da linfa, fluidos extracelulares que fazem parte do meio interno.
No organismo humano o sangue não contacta directamente com as células, sendo estas banhadas por um fluido, fluido intersticial ou linfa intersticial, que é um líquido claro e transparente. Os capilares sanguíneos têm uma parede muito fina, o que facilita o intercâmbio de substâncias entre o sangue e o fluido intersticial.Ao nível dos capilares, na proximidade da arteríola, a pressão sanguínea força o plasma e pequenas moléculas dissolvidas passam através da parede para os tecidos, juntando-se ao fluido intersticial. Este fluido difere do plasma sanguíneo, fundamentalmente pelo facto de conter muito menos proteínas, uma vez que as proteínas, sendo macromoléculas, dificilmente atravessam as paredes dos capilares. Os leucócitos podem também abandonar os capilares sanguíneos, deslizando as células das paredes desses vasos. Forma-se assim esse fluido ou linfa intersticial que banha as células. Durante a circulação sanguínea cerca de 90% do volume do sangue retorna das redes capilares para o coração.Aproximadamente 10% do fluido que atravessa a parede dos capilares para os tecidos, bem como alguns leucócitos, não regressa directamente ao sangue, juntam-se à linfa intersticial. O excesso deste fluido difunde-se para capilares linfáticos, que existem nos diferentes órgãos entre os vasos sanguíneos, e fazem parte do sistema linfático.
Uma vez dentro dos vasos do sistema linfático, o fluido denomina-se: linfa circulante e é igualmente constituída por plasma e leucócitos. Tal como o sangue, a linfa intervém na defesa do organismo através dos leucócitos, que fazem parte da sua constituição.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Identificado gene que aumenta risco de diabetes

Uma equipe internacional de pesquisadores descobriu uma das causas genéticas do diabetes nos adultos, segundo um trabalho publicado pela revista científica Nature. Os pesquisadores identificaram cinco variantes genéticas vinculadas a esse tipo de diabetes, que está relacionada tanto com a herança genética como a outros fatores, como má alimentação, obesidade e tabaco.

As cinco variantes juntas contribuem aproximadamente com 70% do risco genético do diabetes do tipo 2 nos adultos. Esta descoberta é importante porque pode facilitar o desenvolvimento de um teste clínico destinado a identificar as pessoas com predisposição a desenvolver a doença, segundo cientistas.

Estas pessoas poderiam modificar seu estilo de vida, praticando mais exercícios físicos e alterando a dieta. "As duas causas fundamentais do diabetes do tipo 2 são a obesidade e a herança familiar", afirmou Philippe Froguel, do Imperial College de Londres, um dos cientistas responsáveis pelo estudo.

O relatório publicado na Nature indica pelo menos uma causa potencial da doença: um dos cinco genes é encarregado de transportar o zinco no corpo humano, mas também participa da secreção da insulina, hormônio que desempenha um papel importante no metabolismo do açúcar.

Os cientistas acham que o fato de saber que a mutação genética ocorre exatamente nesse mecanismo transportador de zinco e regulador da secreção da insulina pode ajudar a desenvolver tratamentos mais eficazes contra este tipo de diabetes. O diabetes do tipo 2 está muito mais estendida que a do tipo 1, que costuma afetar o indivíduo na infância e representa apenas entre 5% e 15% dos casos.

O diabetes do tipo 2, desencadeada por uma insuficiência da produção de insulina, começa geralmente após os 40 anos e representa entre 85% e 95% dos casos.

Fonte: EFE

Risco Genético de Infarto do Miocárdio

Foi identificado trecho do DNA que aumenta o risco de infarto no miocárdio. Presença de duas cópias do “alelo de risco” pode aumentar probabilidade de 30 a 60%.

Dois grupos independentes identificaram um trecho de DNA no genoma humano que aumenta o risco de doenças coronárias em populações caucasianas. Os estudos foram publicados na edição desta sexta-feira (4/5) da revista Science. As doenças do coração são uma das principais causas de morte em países ocidentais.

As equipes, a primeira liderada por Ruth McPherson, da Universidade de Ottawa (Canadá), e a segunda por Anna Helgadottir, do laboratório deCODE genetics, em Reykjavik (Islândia), utilizaram o mesmo método de trabalho com técnicas de escaneamento do genoma.

Seqüências genômicas de pacientes com doenças coronarianas ou que haviam sofrido ataques do coração foram comparados aos de grupos de controle formados por indivíduos saudáveis com o objetivo de analisar milhares de marcadores de DNA que correspondem a variações em suas “letras” individuais.

Com isso, os autores identificaram uma região genética no cromossomo 9p21. Os indivíduos com duas cópias do chamado “alelo de risco” – o que corresponde a 25% dos caucasianos – têm um risco 30% a 40% mais alto de terem doença cardíaca em comparação com os que não apresentam cópias.

Indivíduos com uma única cópia têm risco mais moderado. Mas o mecanismo pelo qual o alelo contribui para doenças coronarianas não foi esclarecido. As variantes nas seqüências na mesma região geral do cromossomo 9p21 foram recentemente associadas ao aumento do risco de diabetes tipo 2.

Na pesquisa islandesa, cerca de 17 mil pacientes foram analisados no país e nos Estados Unidos. Mais de 20% dos participantes apresentavam duas cópias da variante, correspondendo a um aumento de mais de 60% no risco de ataque cardíaco.

Segundo os pesquisadores, nos casos de pacientes que sofreram ataques precoces (antes dos 50 anos para homens e dos 60 para mulheres), a presença de duas cópias da variante correspondeu a aproximadamente um quinto da incidência dos infartos entre populações de origem européia e cerca de um terço entre os casos precoces.


Fontes:

A Common variant on chromosome 9p21 affects the risk of myocardial infarction. Anna Helgadottir et al. Published online 3 May 2007 [DOI: 10.1126/science.1142842] (in Science Express Reports).

A common allele on chromosome 9 associated with coronary heart disease. Ruth McPherson et al. Published online 3 May 2007 [DOI: 10.1126/science.1142447] (in Science Express Reports).

Agencia FAPESP

Genoma do Macaco Rhesus Seqüenciado

Um consórcio internacional acaba de anunciar o seqüenciamento do genoma do macaco rhesus (Macaca mulatta). A espécie, que divergiu dos ancestrais do homem moderno há cerca de 25 milhões de anos, é agora o terceiro primata com o código genético desvendado. O genoma humano foi seqüenciado em 2001 e o do chimpanzé (Pan troglodytes) – que divergiu dos humanos há 6 milhões de anos – em 2005.

As pesquisas que levaram ao seqüenciamento, realizadas por mais de 170 cientistas em 35 instituições de diversos países, tiveram seus resultados publicados em cinco artigos na edição desta sexta-feira (13/4) da revista Science.

Em linhas gerais, a seqüência do genoma do rhesus coincide com as dos humanos e dos chimpanzés em 97,5%. A semelhança entre os códigos genéticos do chimpanzé e do humano chega a 99%.

Para os cientistas, além de representar uma importante contribuição para pesquisas na área de saúde, o primeiro seqüenciamento de um macaco do velho mundo pode ajudar a compreender melhor o próprio homem.

De acordo com o coordenador da pesquisa, Richard Gibbs, do Centro de Seqüenciamento do Genoma Humano da Escola Baylor de Medicina, nos Estados Unidos, a comparação dos três genomas de primatas será importante para pesquisas em evolução, neurociências, biologia comportamental, fisiologia reprodutiva, endocrinologia e estudos cardiovasculares.

“O genoma do macaco rhesus ajudará a compreender o que foi acrescentado ou apagado na linha evolutiva dos primatas, passando dessa espécie para o chimpanzé e para o humano. Isso é importante para entender o que faz de nós humanos”, afirmou Gibbs.

Os pesquisadores identificaram cerca de 200 genes que mostram evidências de seleção positiva durante a evolução, tornando-os potenciais candidatos para determinar as diferenças entre espécies primatas. Esses genes estão envolvidos com a formação de pêlos, resposta imune, proteínas de membranas e fusão entre ovo e esperma.

Pela abundância de espécimes e pela semelhança genética e fisiológica com os humanos, o macaco rhesus é utilizado freqüentemente na pesquisa biomédica. A espécie é conhecida por seu papel em estudos que determinaram o fator RH e a vacina da poliomielite, além de serem importantes para a pesquisa sobre doenças neurológicas e comportamentais.

Justamente por isso, segundo os artigos, os pesquisadores ficaram surpresos ao descobrir que algumas formas normais das proteínas do macaco são semelhantes às proteínas humanas com patologias. O principal exemplo é a fenilcetonúria, que pode levar a danos cerebrais e retardamento mental em humanos ao causar defeito em uma determinada enzima.

O DNA utilizado para o seqüenciamento do genoma do rhesus foi retirado de uma macaca da Fundação Southwest para Pesquisa Biomédica, de San Antonio, no Texas.

Fontes:

Evolutionary and Biomedical Insights from the Rhesus Macaque Genome
Rhesus Macaque Genome Sequencing and Analysis Consortium, Gibbs et al. Science 13 April 2007: Vol. 316. no. 5822, pp. 222 - 234

Agencia FAPESP

Mutações Genéticas favorecem simbiose

Estudo mostra que mutações genéticas favorecem relações de ajuda mútua entre bactérias de um biofilme.


Pesquisadores dinamarqueses e neozelandeses testemunharam a formação das relações de ajuda mútua numa comunidade de bactérias. Para entender como essas complexas intereções se tornam mais estáveis à medida que as relações entre as espécies evoluem, a equipe de Paul Rainey, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), estudou um modelo simplificado de comunidade com apenas duas espécies. Os autores relatam que, ao formar um biofilme, as bactérias Acinetobacter e Pseudomonas putida conseguem aproveitar nutrientes escassos de uma maneira muito mais eficiente do que se trabalhassem de forma isolada. A explicação para essa interação está em pequenas mutações genéticas que fazem com que uma espécie se adapte à presença da outra. No caso estudado, a Acinetobacter converte o alimento fornecido pelos pesquisadores – álcool benzílico – em um composto que a P. putida consegue aproveitar. Dessa forma, ambas as espécies podem viver com uma quantidade total de alimento menor.

Fontes:

Evolution of species interactions in a biofilm community. Hansen et al. Nature (1 February 2007)

Danos ao DNA causados pelo sol

Observado pela primeira vez moléculas de DNA sendo danificadas pela luz ultravioleta.

Não é novidade que exposição em excesso aos raios do sol faz mal. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o câncer mais freqüente é o de pele, que corresponde a cerca de 25% de todos os tumores diagnosticados no país. Mas ninguém havia visto ainda os danos provocados pela luz ultravioleta não à epiderme, mas à própria molécula que carrega as instruções genéticas da vida.

Um grupo de pesquisadores da Alemanha e dos Estados Unidos conseguiu observar em tempo real prejuízos promovidos pela luz ultravioleta em cadeias de DNA. Pior: eles verificaram que a reação química ocorre em enorme velocidade, de menos de um picossegundo (trilionésimo de segundo).

Cientistas estudam os danos provocados pelos raios UV para tentar compreender o papel desses em queimaduras solares e em doenças como câncer de pele. O novo trabalho, publicado na edição atual da revista Science, indica que os danos dependem em grande parte da posição do DNA no momento em que os raios ultravioleta atingem a molécula.

Segundo Bern Kohler, da Universidade do Estado de Ohio e um dos autores do estudo, a luz ultravioleta estimula a molécula de DNA pela adição de energia. O estado energizado freqüentemente decai de forma inofensiva à molécula, mas em alguns casos ele dispara uma reação que altera a estrutura dessa.

Cientistas acreditavam que, quanto mais uma molécula de DNA fosse excitada por energia ultravioleta, maiores as chances de que sofresse algum dano. Ou seja, estados mais prolongados de estimulação seriam mais perigosos. Mas o novo estudo mostra que o tipo mais comum de dano é causado justamente pela estimulação breve.

“A velocidade dessa reação tem conseqüências importantes para entender como o DNA é danificado pela luz ultravioleta. Em nosso estudo, não vimos qualquer evidência de que estados energéticos prolongados fossem responsáveis pelos danos, mas sim as excitações mais curtas”, disse Kohler em comunicado da Universidade do Estado de Ohio.

Os danos identificados consistiram de duas pequenas ligações moleculares formadas onde não deveriam: entre duas bases de timina. A timina é uma base nitrogenada que se emparelha com a adenina na molécula de DNA.

O DNA emprega reações químicas específicas para se curar, mas, quando os danos são demasiados, ele passa a não mais se replicar corretamente. Células danificadas de forma grave simplesmente morrem. Os cientistas apontam que os danos crônicos criariam mutações que levariam a doenças como o melanoma.

O DNA se move constante e rapidamente, em uma flexibilidade que torna possível as reações químicas normais que ocorrem em uma célula. O problema, segundo o estudo agora divulgado, é que a velocidade dos raios ultravioleta em provocar danos é muito maior do que a das adaptações do DNA.

Agência FAPESP

Genoma de Equus caballus

O primeiro esboço do seqüenciamento do genoma do cavalo foi concluído. Os dados estão depositados em bases públicas e disponíveis a pesquisadores de todo o mundo pela internet. O anúncio foi feito nos Estados Unidos, por coordenadores do Projeto de Seqüenciamento do Genoma do Cavalo.

De acordo com os cientistas envolvidos, o mapa genético tem diversas lacunas e deverá ser analisado extensivamente daqui em diante. De qualquer modo, os estimados 2,7 bilhões de pares de base de DNA oferecem um valioso repositório de informações que acaba de se tornar disponível.

O DNA foi isolado de uma amostra do sangue do cavalo Twilight, um macho da raça thoroughbred que vive na Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Cornell. Twilight é um exemplar de um grupo selecionado e criado nos últimos 25 anos especialmente para pesquisas na instituição norte-americana.

Há diversas semelhanças entre o cavalo e o homem que podem ser exploradas em estudos genéticos. Como os humanos, os cavalos, por exemplo, são suscetíveis ao vírus do oeste do Nilo e sofrem com problemas neurológicos e musculares.

Até o momento, os pesquisadores envolvidos no seqüenciamento encontraram mais de 80 doenças de caráter genético comuns ao cavalo e ao homem. Estima-se que cerca de 85% da informação genética das duas espécies seja igual. Como o homem, o cavalo tem menos de 20 mil genes, ainda que seus 64 cromossomos sejam mais do que os 46 dos humanos.

O seqüenciamento do genoma do cavalo doméstico (Equus caballus) começou em 2006, após uma década de trabalho de grupos de cientistas reunidos no internacional Projeto do Genoma do Cavalo.

O esboço da seqüência do genoma do cavalo pode ser acessado pelo GenBank (www.ncbi.nih.gov/Genbank) ou por bases como o Map Viewer (www.ncbi.nlm.nih.gov), do Centro Nacional para Informação em Biotecnologia, ou o Ensembl Genome Browser (www.ensembl.org), do Instituto Wellcome Trust Sanger.

Fonte:
Agência FAPESP

Genoma de Gluconacetobacter diazotrophicus

Pesquisadores do Projeto RioGene finalizaram o seqüenciamento do código genético da bactéria Gluconacetobacter diazotrophicus, uma bactéria endofítica – que coloniza o interior dos tecidos da planta.

A pesquisa, desenvolvida desde 2001 ao custo de R$ 4,82 milhões, foi financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), com participação da Embrapa Agrobiologia e de diversas outras instituições de ensino e pesquisa.

A G. diazotrophicus foi isolada pela primeira vez por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia, em Seropédica (RJ), liderados por Johanna Döbereiner, em 1988.

Presente em culturas como a da cana-de-açúcar, da batata-doce, do abacaxi e do capim-elefante, a bactéria é essencial para o crescimento dessas espécies vegetais, por ser uma das principais responsáveis pelo processo de fixação biológica de nitrogênio, em que o elemento químico é retirado da atmosfera e transferido para as plantas.

A bactéria produz ainda hormônios vegetais que promovem o aumento da área do sistema radicular e, por conseqüência, ampliam a capacidade de absorção de alguns nutrientes essenciais do solo.

Segundo o CNPq, o Projeto Riogene permitiu a criação de infra-estrutura para seqüenciamento em diversos laboratórios, assim como promoveu a formação de 14 docentes e pesquisadores. O projeto foi coordenado por José Ivo Baldani, da Embrapa Agrobiologia, e por Paulo Ferreira, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ambos bolsistas de Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Para Baldani, a G. diazotrophicus também atua como agente de controle biológico ao inibir o desenvolvimento de outras bactérias que reduzem os níveis de sacarose da cana.

“A partir do seqüenciamento, estamos avaliando as funções da bactéria e a possibilidade de utilizá-la também em outras plantas de interesse econômico, como arroz, sorgo, milho e trigo”, disse Baldani. Cerca de 40% dos genes presentes no genoma da bactéria ainda são desconhecidos e representam vasto potencial para exploração.

Segundo Baldani, a Embrapa agora pretende desenvolver alterações no genoma da bactéria para potencializar a capacidade de trazer benefícios às plantas. Com o melhoramento genético, ela poderá ser usada como adubo natural, reduzindo em até 30% o uso de fertilizantes nitrogenados. Os pesquisadores estudam técnicas para inocular a bactéria em mudas e toletes – usados para replantio da cana nas lavouras.

A tecnologia está prevista para chegar ao mercado em cinco anos. A economia com o novo produto poderá chegar a R$ 59 milhões anuais somente na cultura da cana-de-açúcar, considerando uma área de 6 milhões de hectares cultivada no país. Além disso, a diminuição no uso de adubos químicos trará benefícios ao meio ambiente, uma vez que parte do adubo nitrogenado atualmente aplicado na agricultura é lixiviado para o lençol freático, contaminando rios e lagos.

Agência FAPESP

Revolução na virologia

Os vírus são definidos como agentes infecciosos, constituídos por uma cápsula protéica que envolve o genoma. Este é formado por um ácido nucléico, que pode ser o DNA ou o RNA, mas nunca os dois. A presença de DNA ou de RNA é um critério usado na classificação dos vírus. Assim o HIV, vírus da Aids, é um vírus de RNA. Já o vírus da gripe apresenta DNA. O HCMV (citomegalovírus humano) pertence ao grupo dos herpevírus, agentes etiológicos do herpes e da mononucleose, e apresenta genoma com DNA. Pesquisadores da Universidade de Princeton (USA) descobriram que o HCMV contém, além do genoma com DNA, mais quatro tipos de RNA. Quando o HCMV infecta uma célula, o DNA viral atinge o núcleo da mesma, passando a comandar o metabolismo com a finalidade de se reproduzir. A presença do RNA viral permite ao vírus um ataque mais rápido. Assim, antes que o DNA atinja o núcleo, o RNA começa a produzir proteínas virais, acelerando a reprodução do vírus e a destruição da célula

O Brasil na era da proteômica

Sabemos que os genes atuam codificando as proteínas, que são, por sua vez, as moléculas responsáveis pela organização e funcionamento dos seres vivos. Proteômica é a ciência que estuda o proteoma, conjunto de proteínas existentes numa célula. A análise do proteoma envolve três etapas: o isolamento, a identificação e a função das proteínas produzidas pelos genes. Pesquisadores da Unicamp completaram o seqüenciamento do genoma da bactéria Xyllella fastidiosa, bactéria causadora da praga do amarelinho em plantas. Atualmente os mesmos pesquisadores estão trabalhando no proteoma da Xyllela, com dois objetivos principais: o primeiro é conhecer as proteínas da bactéria responsáveis pela infecção das plantas; o segundo é produzir um banco de dados sobre a identificação e caracterização das proteínas da bactéria.

Seqüenciamento do genoma da bactéria do cólera

Vibrio cholera é a bactéria causadora do cólera, uma perigosa infecção intestinal. Alojada no intestino, a bactéria produz uma toxina que provoca diarréia abundante, dores abdominais e cãibras, podendo ocorrer a morte por desidratação.

Normalmente encontram-se um cromossomo e um plasmídeo. O cromossomo é uma longa e enovelada molécula de DNA. O plasmídeo é um DNA circular relacionado com a transmissão hereditária. A bactéria Vibrio cholera apresenta dois cromossomos, além do plasmídeo, que foram totalmente seqüenciados. O cromossomo 1 apresenta 2.961.146 bases e o 2, 1.072.314. O próximo passo será a localização do gene causador da toxina, que poderá ser inativado.

Arroz transgênico supre a falta da vitamina A

O betacaroteno é a provitamina A, um precursor da vitamina A que, no organismo humano, atua na formação de pigmentos visuais e na manutenção da estrutura epitelial normal. A carência dessa vitamina provoca a cegueira noturna e a xeroftalmia (ressecamento da córnea), além da pele seca e escamosa.

No arroz normal o betacaroteno aparece na casca, que é retirada quando o arroz é beneficiado. Populações da Ásia que se nutrem de uma dieta rica em arroz apresentam baixos níveis de vitamina A.

A engenharia genética obteve um arroz transgênico que recebeu genes da planta narciso, permitindo a produção do betacaroteno no endosperma (parte central do grão). Desse modo, mesmo beneficiado, o arroz transgênico, chamado de dourado, fornece a provitamina A ao homem.

Planta transgênica produz hirudina

A sanguessuga é um verme que produz a hirudina, substância que impede a coagulação do sangue. Por causa dessa propriedade, as sanguessugas são usadas pela medicina, desde o Império Romano, para provocar sangrias. O gene produtor da hirudina foi isolado e introduzido no genoma de Carthamus Tinctorius, uma planta oleaginosa. A planta transgênica obtida passou a produzir a hirudina. A heparina é um anticoagulante usado no tratamento das tromboses (formação de coágulos sangüíneos). O fato é que essa substância provoca alergia em muitos pacientes. A vantagem da hirudina consiste em não causar alergia às pessoas.

A ressurreição de uma bactéria

Em condições ambientais desfavoráveis, as bactérias dos gêneros Bacillus, Clostridium e Sporosarcina formam os esporos, estruturas de resistência. Formados internamente (endósporos), contêm, no interior de uma espessa membrana, o DNA e enzimas. Altamente resistentes à dessecação, os esporos germinam em condições favoráveis. De um cristal de sal do Período Permiano (286 a 245 milhões de anos), foi isolado um esporo de uma bactéria batizada de Bacillus permians. Colocado em meio de cultura favorável, o esporo despertou e o micróbio ressuscitou.

Osteoporose - Ossos porosos

O que é

A osteoporose é uma doença que diminui a massa óssea a tal ponto que os ossos passam a fraturar-se espontaneamente em atividades comuns do cotidiano, como, por exemplo, o ato de sentar-se com rapidez, que pode levar a uma fratura no quadril.

Características da doença

Além das fraturas, ela causa o encolhimento das vértebras, redução de estatura, ossos doloridos e costas corcundas.

Esta doença ocorre principalmente durante o processo normal de envelhecimento, atingindo com mais freqüência às mulheres, uma vez que estas, possuem ossos menos maciços em relação aos homens.

Um outro fator que torna as mulheres mais suscetíveis a esta doença, é a queda bastante acentuada de estrogênio que elas sofrem durante a menopausa.

A queda acentuada deste hormônio faz com que os ossos passem a absorver menos cálcio do que o necessário para seu equilíbrio e manutenção, tornando-os porosos, e, conseqüentemente, extremamente frágeis.

A osteoporose avança lentamente e dificilmente apresenta sintomas. Por esta sua característica silenciosa, ela pode passar completamente despercebida se não forem realizados exames para detecta-la.

Como evitar

A melhor alternativa para se evitar a osteoporose ainda é a prevenção, algumas medidas preventivas que devem ser tomadas ainda na juventude são uma ingestão adequada de cálcio, além de atividades físicas regulares, especialmente, aquelas que incluam levantamento de peso (sempre com acompanhamento de um educador físico).

AIDS

A AIDS, também definida como SIDA, é a síndrome da imunodeficiência adquirida. Seus portadores apresentam inúmeros sintomas e infecções, o que resulta no dano ao sistema imunológico.

Seu contágio se dá através da contaminação pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Este vírus ataca principalmente os linfócitos que comandam a defesa de nosso organismo.

Como conseqüência do ataque pelo vírus HIV, o número de linfócitos é diminuído drasticamente e o organismo humano fica completamente desprotegido contra uma série de doenças oportunistas e infecções.

Para entendermos um pouco mais sobre esta doença, é interessante sabermos que o HIV é um retrovírus (vírus com genoma de RNA) que age infectando nossas células e, uma vez dentro delas, multiplica-se rapidamente.

Este vírus provoca a morte dos linfócitos (células de defesa) devido a grande quantidade de novos vírus que produz em seu interior. Quando infectadas, as células de defesa são atacadas pelo sistema imunológico, pois, por apresentarem proteínas do vírus em sua membrana, nosso organismo não é mais capaz de reconhecê-las.

Há ainda linfócitos infectados pelo HIV que não apresentam replicação de vírus, contudo, mesmo nestes casos, a célula perde suas funções devido a presença deste invasor em seu núcleo.

O vírus da AIDS geralmente é transmitido através de secreções genitais ou pelo sangue. Seu contágio ocorre via sexual, intravenosa ou de mãe para filho.

Apesar de ainda não existir cura para esta doença, há tratamentos muito eficazes que diminuem a proliferação do vírus.

Gripe Aviária

O que é

A doença Gripe Aviária, também conhecida como Gripe do Frango, Gripe das Aves ou Gripe Asiática é uma moléstia típica das aves. Esta doença, em função de suas características, pode ser transmitida das aves para certas espécies de mamíferos como, por exemplo, o gato doméstico e até mesmo o ser humano. Até o momento, há poucos indícios de que a doença pode passar de humano para humano.

Esta enfermidade é provocada pelo vírus influenza aviário H5N1, da mesma família dos vírus que provocam a gripe humana, tão comum nos meses de inverno.

A gripe das aves foi identificada pela primeira vez nos últimos anos do século XIX, na região da Lombardia (Itália). Mas, foi somente no ano de 1955 que ela foi analisada e descrita como uma enfermidade provocada pelo vírus da família Influenza A.

Atualmente, é na Ásia, principalmente na China, que a doença espalha-se com mais rapidez.. Em Hong Kong, no ano de 1997, 18 casos foram identificados, apresentando quadros graves de complicações do sistema respiratório. Nesta situação, uma simples epidemia, provocou a morte de 33% das pessoas contaminadas, ou seja, um elevado índice de mortalidade para uma doença. Este fato, tem feito com que as autoridades de saúde de vários países tomem medidas importantes, a fim de evitarem uma epidemia de grande intensidade.

Este vírus também leva a morte rápida muitas espécies de aves. Muitos animais morrem vinte e quatro horas após o contágio inicial. Muitos produtores de frangos, gansos e patos podem perder toda a produção em poucos dias, caso as aves contaminadas não sejam sacrificadas. Em caso de uma epidemia de grandes proporções, os prejuízos comerciais e financeiros provocados por esta doença podem ser elevados, prejudicando, inclusive, a produção de carne de aves e ovos no mercado mundial.

O medo de que a doença possa sair do continente asiático, espalhando-se pelos quatro cantos do mundo é grande, pois o pato selvagem, hospedeiro natural da doença, pode espalhar o vírus durante a fase de migração. Esta espécie de pato é muito resistente à doença e dificilmente apresenta sintomas, fator que dificulta a localização das rotas de transmissão.

Principais formas de contágio em seres humanos:
- contato direto com secreções de aves infectadas pelo influenza aviário H5N1;
- através do ar;
- água, comidas e roupas contaminadas

Principais sintomas da gripe aviária em seres humanos:
- febre alta
- dores nos músculos do corpo
- problemas respiratórios
- ressecamento da garganta

As pesquisas médicas ainda não resultaram num medicamento capaz de curar uma pessoa com esta enfermidade. Alguns remédios podem diminuir a intensidade da doença e evitar contágios. Várias vacinas estão em fase de testes em vários laboratórios.

Importante: Somente um médico, através de exames detalhados e específicos, é capaz de identificar se uma pessoa está com a gripe das aves. Os sintomas deste tipo de enfermidade são semelhantes ao de uma gripe comum. Logo, qualquer pessoa ao apresentar os sintomas deve procurar auxílio médico imediatamente.

Curiosidade:

- As aves aquáticas são hospedeiras naturais deste tipo de vírus, porém não apresentando sintomas.

Veja também:

- Gripe A - sites sobre a Gripe suína, sintomas, epidemia, vacina e vacinação.

Febre Amarela

A febre amarela é uma doença que faz milhares de vítimas no Brasil. Ela é provocada por um vírus, que é transmitido ao homem pela fêmea do mosquito “Aedes Aegypti”.

Áreas mais afetadas

Esta enfermidade está presente, principalmente, nas áreas tropicais e subtropicais, em função das condições climáticas favoráveis para a o desenvolvimento deste tipo de inseto. A região amazônica, por exemplo, é um importante local de desenvolvimento da doença, pois o clima quente, as chuvas (alto índice pluviométrico) e a grande quantidade de rios facilitam a reprodução deste do mosquito e o alastramento da enfermidade.
Após ser picado pelo mosquito, o indivíduo contaminado começa a apresentar uma série de sintomas: febre alta (podendo chegar a 40 graus centígrados), fortes dores de cabeça, vômitos, problemas no fígado e hemorragias (sangramentos).

Nome da doença

O nome desta doença está relacionado à coloração a qual a pele da pessoa fica após pegar a doença. O doente fica com ictirícia, pois ocorre o derramamento da bilirrubina em vários tecidos do corpo. Quando se espalha pela corrente sanguínea, a pessoa fica com uma cor amarelada na pele e também nos olhos.

Consequências

Esta doença infecciosa pode permanecer no corpo do indivíduo doente por aproximadamente duas semanas. Em alguns casos, o doente pode morrer, em função do agravamento da doença e dos danos provocados pelo vírus no corpo e nos órgãos.

Vacina

A vacina contra a febre amarela foi descoberta, no começo do século XX, pelo médico e sanitarista brasileiro Osvaldo Cruz. Os médicos recomendam tomar esta vacina antes de viajar para as regiões norte e centro-oeste do país (locais em que o risco de contrair a doença é maior).

Curiosidade: após a picada pelo Aedes Aegypti, o período de incubação do vírus é de três a sete dias.

O Hábito de Roer as Unhas

Roer as unhas é um hábito compulsivo também conhecido como onicofagia que se manifesta quando um indivíduo se encontra em situação de estresse, nervosismo, tédio ou de ansiedade, mordendo as unhas das mãos ou dos pés até que sangrem.

O hábito de roer as unhas é iniciado a partir dos três anos de idade e se manifesta todas as vezes que a criança se depara com algo novo. A partir da adolescência, o hábito passa a ser mais compulsivo, pois nessa fase ocorre maior incidência de nervosismo e ansiedade nos mesmos.

Tal hábito, apesar de existir como forma de descarregar a ansiedade existente, pode provocar prejuízos à saúde corporal. Os dedos ao serem levados à boca transportam germes, vírus, fungos e bactérias que se localizam abaixo da unha que podem provocar algum tipo de dano à saúde e ainda provocar má oclusão dos dentes. A constante busca por roer as unhas desgasta o esmalte dos dentes fragilizando-os em relação a cáries. Apesar de trazer complicações, o hábito acaba com a beleza das unhas e conseqüentemente das mãos.

Por ser um hábito compulsivo de ordem emocional, existem tratamentos para que o indivíduo perca tal hábito, como terapia comportamental que auxilia na reversão do hábito com técnicas para desacostumar o indivíduo a levar a mão ou o pé até a boca, medicamentos como antidepressivos, antipsicóticos e ainda complexo B, técnicas de relaxamento, exercícios físicos e respiratórios e ainda terapias de aversão ao hábito que utiliza substâncias de gosto ruim sobre as unhas, a substituição das unhas por algum outro objeto ou substância.

Vacina contra a gripe

A gripe é responsável pela morte de inúmeras pessoas todo ano, principalmente de indivíduos idosos - e por tal motivo vemos, anualmente, campanhas de vacinação contra esta doença, destinadas aos maiores de 60 anos.

O vírus da gripe é um tanto quanto mutante e faz com que estas vacinas não previnam, necessariamente, a gripe em si, mas determinados tipos causadores da gripe. Assim, antígenos das principais cepas e de algumas destas que surgiram mais recentemente são introduzidos nas vacinas, o que não significa necessariamente que todos os antígenos de vírus causadores da gripe estão ali. A eficiência da vacina varia entre 70% e 90% e imuniza as pessoas por um ano (tempo pequeno, se comparado à maioria das outras vacinas).

Assim, os idosos são o foco destas campanhas porque estão mais vulneráveis à doença, uma vez que seus sistemas imunológicos, geralmente, não combatem esses vírus de forma tão eficaz e, conseqüentemente, estão mais suscetíveis a doenças mais graves decorrentes da gripe, como pneumonia e doenças cardiovasculares (vale lembrar que a gripe é a maior causa de doenças e mortes entre os idosos).

Pensando de forma mais clara, inclusive a respeito do custo desta vacina, não é tão viável um indivíduo jovem e saudável tomá-la, uma vez que não estará, necessariamente, isento da gripe e, embora seja em um intervalo de tempo de aproximadamente uma semana, seu próprio sistema imunológico é capaz de combater o vírus.

No Brasil, segundo Ministério da Saúde, é considerado como grupo de alto risco: idosos, povos indígenas (a partir dos 6 meses de idade), trabalhadores em saúde e população carcerária, os quais recebem a vacina anualmente e sem ônus. Há ainda, no país, 38 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que destinam a vacina de forma gratuita e anual aos portadores de cardiopatias, nefropatias, diabetes mellitus, cirrose hepática, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), hemoglobulinopatias e insulinodependentes, transplantados, pacientes em tratamento de câncer, asmáticos, portadores de HIV e miopatias, além dos parentes destas pessoas, em caso de indicação médica.

Armas Biológicas

Uma arma biológica pode ser constituída por microorganismos patogênicos: bactérias, vírus, fungos ou por toxinas elaboradas por um desses agentes, tendo elas algum efeito direto sobre o organismo humano ou indireto, fazendo uso da contaminação pretendida atingindo animais ou vegetais que irão causar efeitos nocivos ao homem.

Os interesses que levam à confecção de uma arma biológica podem ser diversos: territoriais, políticos ou religiosos, envolvendo diferentes etnias, a confecção de armas microbiológicas para assegurar o potencial bélico utiliza diferentes meios para dissipar a destruição da população nos campos ou nas cidades, pelo ar, pela água ou através dos alimentos.

Para tal empreendimento de poder e morte é despendido vultosas cifras no desenvolvimento de arsenais bioquímicos, haja vista as grandes descobertas genéticas em laboratórios ocultos, cultivando uma quantidade grandiosa de terror, incapacitando dezenas de organismos: homens, mulheres e crianças, combatentes ou não, seres humanos.

No organismo, o contágio é facilitado pelo acesso e instalação do agente ou inalação / ingestão de toxina através de vias que proporcionam maior eficácia letal. Essas vias geralmente são: as vias respiratórias, digestivas e cutânea. Funcionando como portas que não resistirão ao ataque deste micro-avassalador arsenal.

Alguns exemplos de armas biológicas utilizadas e supostamente manipuladas durante a história e as conhecidas nos dias atuais são: Bacillus anthracis que causa a doença denominada carbúnculo; Clostridium botulinum, bacilo encontrado na água ou nos alimentos; Orthopoxvirus, vírus da varíola; Ébola, febre infecciosa hemorrágica.

Glossário de Biologia

Abiótico – é o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio.

Aeróbico – ser ou organismo que vive, cresce ou metaboliza apenas em presença do oxigênio.

Autótrofos – seres vivos, como as plantas, que produzem seus próprios alimentos à custa de energia solar, do CO2 do ar e da água do solo. Palavra originada do grego autos = próprio + trophos = nutrir.

Avifauna – conjunto das espécies de aves que vivem numa determinada região.

Banco de germoplasma – o mesmo que banco genético. Expressão genética para designar uma área de preservação biológica com grande variabilidade genética. Por extensão, qualquer área reservada para a multiplicação de plantas a partir de um banco de sementes ou de mudas, ou laboratório onde se conserva, por vários anos, sementes ou genes diferentes.

Bentos – conjunto de seres vivos que vivem restritos ao fundo de rios, lagos, lagos ou oceanos

Biocenose – conjunto equilibrado de animais e de plantas de uma comunidade.

Biodegradável – substância que se decompõe pela ação de seres vivos.

Biodiversidade – representa o conjunto de espécies animais e vegetais viventes.

Bioma – amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos. É o conjunto de condições ecológicas de ordem climática e características de vegetação: o grande ecossistema com fauna, flora e clima próprios. Os principais biomas mundiais são: tundra, taiga, floresta temperada caducifólia, floresta tropical chuvosa, savana, oceano e água doce.

Biomassa – quantidade de matéria orgânica presente num dado momento numa determinada área, e que pode ser expressa em peso, volume, área ou número.

Biosfera – sistema único formado pela atmosfera (troposfera), crosta terrestre (litosfera), água (hidrosfera) e mais todas as formas de vida. É o conjunto de todos os ecossistemas do planeta.

Biota – conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico, em estreita correspondência com as características físicas, químicas e biológicas deste ambiente.

Biótico – é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.

Biótipo – grupo de indivíduos geneticamente iguais.

Cadeia alimentar – é a transferência de a energia alimentar que existe no ambiente natural, numa seqüência na qual alguns organismos consomem e outros são consumidores. Essas cadeias são responsáveis pelo equilíbrio natural das comunidades e o seu rompimento pode trazíbrio natural das comunidades e o seu rompimento pode trazer conseqüências drásticas, como é o caso quando da eliminação de predadores de insetos. Estes podem proliferar rapidamente e transformar-se em pragas nocivas à economia humana. A cadeia alimentar é formada por diferentes níveis tróficos (trophe = nutrição). A energia necessária ao funcionamento dos ecossistemas é proveniente do sol e é captada pelos organismos clorofilados (autótrofos), que por produzirem alimento são chamados produtores (1º nível trófico). Estes servem de alimento aos consumidores primários (2º nível trófico ou herbívoros), que servem de alimento aos consumidores secundários (3º nível trófico) que servem de alimento aos consumidores terciários (4º nível trófico) e assim sucessivamente Todos os organismos ao morrerem, sofrem a ação dos saprófagos (sapros = morto, em decomposição; phagos = devorador), que constituem o nível trófico dos decompositores.

Cadeia alimentar – variante do predatismo, em que o indivíduo mata e como o outro da mesma espécie.

Carcinogênicos – substâncias químicas que causam câncer ou que promovem o crescimento de tumores iniciados anteriormente por outras substâncias. Há casos em que o câncer aparece nos filhos de mães expostas a estas substâncias. Algumas substâncias são carcinogênicas a baixos níveis, como a dioxina, e outras reagem com mais vigor. A maioria das substâncias carcinogênicas é também mutagênica e teratogênica.

Chorume – resíduo líquido proveniente de resíduos sólidos (lixo), particularmente quando dispostos no solo, como por exemplo, nos aterros sanitários. Resulta principalmente de água de chuva que se infiltra e da decomposição biológica da parte orgânica dos resíduos sólidos. É altamente poluidor.

Ciclo vital – compreende o nascimento, o crescimento, a maturidade, a velhice e a morte dos organismos.

Clímax – complexo de formações vegetais mais ou menos estáveis durante longo tempo, em condições de evolução natural. Diz-se que está em equilíbrio quando as alterações que apresenta não implicam em rupturas importantes no esquema de distribuição de energia e materiais entre seus componentes vivos. Pode ser também a última comunidade biológica em que termina a sucessão ecológica, isto é, a comunidade estável, que não sofre mais mudanças direcionais.

Clorofila – pigmento existente nos vegetais, de estrutura química semelhante à hemoglobina do sangue dos mamíferos, solúvel em solventes orgânicos. Capta a energia solar para realização da fotossíntese.

Cobertura morta – camada natural de resíduos de plantas espalhadas sobre a superfície do solo, para reter a umidade, protegê-lo da insolação e do impacto das chuvas.

Decompositores – organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo. Compreendem a maioria dos fungos e das bactérias. O mesmo que saprófitas.

Ecologia – ciência que estuda a relação dos seres vivos entre si e com o ambiente físico. Palavra originado do grego: oikos = casa, moradia + logos = estudo.

Ecossistema – conjunto integrado de fatores físicos, químicos e bióticos, que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espaço de dimensões variáveis. Também pode ser uma unidade ecológica constituída pela reunião do meio abiótico (componentes não-vivos) com a comunidade, no qual ocorre intercâmbio de matéria e energia. O ecossistemas são as pequenas unidades funcionais da vida.

Ecótipo – raças de uma mesma espécie que diferem unicamente em alguns caracteres morfológicos e que se encontram adaptadas às condições locais.

Efeito cumulativo – fenômeno que ocorre com inseticidas e compostos radioativos que se concentram nos organismos terminais da cadeia alimentar, como o homem.

Epífitas – plantas que crescem agarradas a outras plantas, tais como as orquídeas, musgos, líquens, bromélias, etc.

Espécie pioneira – espécie vegetal que inicia a ocupação de áreas desabitadas de plantas em razão da ação do homem ou de forças naturais.

Fator ecológico – refere-se aos fatores que determinam as condições ecológicas no ecossistema.

Fitoplâncton – conjunto de plantas flutuantes, como algas, de um ecossistema aquático.

Fotossíntese – processo bioquímico que permite aos vegetais sintetizar substâncias orgânicas complexas e de alto conteúdo energético, a partir de substâncias minerais simples e de baixo conteúdo energético. Para isso, se utilizam de energia solar que captam nas moléculas de clorofila. Neste processo, a planta consome gás carbônico (CO2) e água, liberando oxigênio (O2) para a atmosfera. É o processo pelo qual as plantas utilizam à luz solar como fonte de energia para formar substâncias nutritivas.

Habitat – ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, à sobrevivência e a reprodução de determinados organismos. Os ecossistemas, ou parte deles, nos quais vive um determinado organismo, é seu habitat. O habitat constitui a totalidade do ambiente do organismo. Cada espécie necessita de determinado tipo de habitat porque tem um determinado nicho ecológico.

Homeostase – capacidade de adaptação que um ser vivo apresenta no intuito de manter o seu organismo equilibrado em relação às variações ambientais.

Homeotermos – ou endotermos, são animais que mantém constantemente sua temperatura corporal, independentemente da temperatura externa, despendendo uma grande quantidade de energia na realização do seu controle.

Inquilinismo – associação interespecífica harmônica em que os indivíduos de uma espécie alojam-se em outra, obtendo proteção e suporte.

Manancial – todo corpo d'água utilizado para o abastecimento público de água para consumo.

Mutações – variações descontínuas que modificam o patrimônio genético e se exteriorizam através de alterações permanentes e hereditárias. Se constituem em fatores de relevante importância no sentido da adaptação do ser vivo ao meio ambiente.

Mutualismo – associação interespecífica harmônica em que duas espécies envolvidas ajudam-se mutuamente.

Nicho ecológico – espaço ocupado por um organismo no ecossistema, incluindo também o seu papel na comunidade e a sua posição em gradientes ambientais de temperatura, umidade, pH, solo e outras condições de existência.

Nível trófico – ou nível alimentar, é a posição ocupada por um organismo na cadeia alimentar. Os produtores ocupam o primeiro nível, os consumidores primários o segundo nível, os secundários o terceiro nível e assim por diante. Os decompositores podem atuar em qualquer nível trófico

Onívoro – os consumidores de um ecossistema podem participar de várias cadeias alimentares e em diferentes níveis tróficos, caso em que são denominados onívoros. O homem, por exemplo, ao comer arroz, é consumidor primário; ao comer carne é secundário; ao comer cação, que é um peixe carnívoro, é um consumidor terciário.

Piracema – movimento migratório de peixes no sentido das nascentes dos rios, com o fim de reprodução. Ocorre em épocas de as grandes chuvas, no período da desova.

Pirâmide alimentar – representações gráficas dos dados fornecidos pelas cadeias alimentares e que podem ser divididas em três tipos: de números, de biomassa e de energia.

Predatismo – relação ecológica que se estabelece entre uma espécie denominada predadora e outra denominada presa. Os predadores caracterizam-se pela capacidade de capturar e destruir fisicamente as presas para alimentar-se.

Resíduos – materiais ou restos de materiais cujo proprietário ou produtor não mais considera com valor suficiente para conservá-los. Alguns tipos de resíduos são considerados altamente perigosos e requerem cuidados especiais quanto à coleta, transporte e destinação final, pois apresentam substancial periculosidade, ou potencial, à saúde humana e aos organismos vivos.

Seleção natural – processo de eliminação natural dos indivíduos menos adaptados ao ambiente, os quais, por terem menos probabilidade de êxito dos que os melhor adaptados, deixam uma descendência mais reduzida.

Seres consumidores – seres como os animais, que precisam do alimento armazenado nos seres produtores.

Seres decompositores – seres consumidores que se alimentam de detritos dos organismos mortos.

Seres produtores – seres que, como as plantas, possuem a capacidade de fabricar alimento usando a energia da luz solar.
Silicose – doença pulmonar que resulta da inalação de sílica ou de silicatos existentes no ar poluído.

Simbiose – associação interespecífica harmônica, com benefícios mútuos e interdependência metabólica.

Sucessão ecológica – seqüência de comunidades que se substituem, de forma gradativa, num determinado ambiente, até o surgimento de uma comunidade final, estável denominada comunidade-clímax.

Teratogênico – produto químico que, ingerido por um indivíduo do sexo feminino, pode causar deformações no filho que ele gerar. Como exemplos temos a talidomida, mercúrio, etc.

Tolerância – capacidade de suportar variações ambientais em maior ou menor grau. Para identificar os níveis de tolerância de um organismo são utilizados os prefixos euri, que significa amplo, ou esteno, que significa limitado. Assim, um animal que suporta uma ampla variação de temperatura ambiental é denominado euritermo, enquanto um organismo que possui pequena capacidade de tolerância a este mesmo fator é chamado estenotermo.

Zooplâncton – conjunto de animais, geralmente microscópicos, que flutuam nos ecossistemas aquáticos e que, embora tenham movimentos próprios, não são capazes de vencer as correntezas.

História da vacina

No início do século XVIII a varíola era uma doença que causava a morte de muitos indivíduos e, em razão da doença, muitas crianças nem chegavam a atingir a fase adulta.

Porém, já nessa época, a esposa de um embaixador inglês, Lady Mary, já havia associado que indivíduos saudáveis que recebiam, por vias cutâneas, o líquido oriundo do ferimento da doença de indivíduos adoecidos estavam imunes à rubéola. Esse método foi chamado de variolação e foi bastante utilizado até o fim do século.

Também nesse mesmo século, o médico inglês Edward Jenner, após inúmeras observações, percebeu que pessoas que conviviam com vacas - inclusive as adoecidas pela varíola - e possuíam ferimentos tais como esses animais, não eram contagiados. Assim, injetou o pus dessas vacas em um menino saudável e, tempos depois, apesar das reações adversas, foi inoculado com a varíola humana e não adoeceu.

Assim, continuou esse procedimento em várias pessoas, retirando o pus dos adoecidos e transferindo para as pessoas, como forma de prevenir a moléstia. Anos depois, inoculou no garoto que participou de seu primeiro experimento e em mais duas pessoas e ambos continuaram imunes.

Em sua publicação, que deu origem ao nome “vacina”, Jenner usou o termo “varíola da vaca” em latim: "variola vaccinae” que, com o tempo, acabou popularizado o termo “inoculação da vacina”, tal como a própria técnica (lembre-se de quantas vítimas dessa doença iam a óbito até então). O sucesso foi tanto que, em 1805, Napoleão Bonaparte obrigou que todos seus soldados fossem vacinados, o que gerou alguns conflitos.

Um conflito mais recente, e que é estudado nas aulas de História do Brasil, também por questões parecidas, foi a “Revolta da Vacina”, que ocorreu em 1904 no Rio de Janeiro, uma tentativa do então presidente, Rodrigues Alves, juntamente com o prefeito Pereira Passos e o médico Oswaldo Cruz, de executar uma grande empreitada sanitária, como forma de “modernizar” e higienizar a região.

Esse projeto consistia em, além de retirar as pessoas das ruas, levantar guerra a mosquitos, ratos e outros animais “maléficos”, também obrigar a população inteira a vacinar contra a varíola, criando, inclusive, a Lei da Vacina Obrigatória, em 31 de outubro de 1904. A reação popular foi extrema: pedradas, protestos, incêndios, dentre outras formas de revolta, que fizeram com que o governo revisse a obrigatoriedade.

Atualmente a varíola é considerada uma doença erradicada, mas, entretanto, há muitas controvérsias entre o uso ou não de vacinas. Alguns médicos alegam que a melhoria das condições de vida das pessoas, incluindo aí o saneamento básico de qualidade e boas condições de alimentação, poderia causar tanto efeito contra estas doenças quanto com o uso de vacinas.

Complexo Golgiense

O complexo de golgiense, ou conhecido pelas seguintes denominações: aparelho de golgi, dictiossomo, golgiossomo ou complexo de golgie, constitui uma organela citoplasmática típica de células eucarióticas, com função fundamental de eliminação de substâncias produzidas pela síntese celular através do processo de secreção.

É formado por vesículas com morfologia de sacos achatados. Além de promover maturação e armazenamento de proteínas ribossomáticas, efetua também a distribuição das moléculas sintetizadas e empacotadas nas vesículas.

Aderidas ao citoesqueleto, as vesículas são transportadas no interior da célula até a região basal da mebrana plasmática. A partir desse instante a membrana da vesícula se funde à membrana da célula, eliminando o conteúdo proteico para o meio extracelular.

Boa parte das vesículas transportadoras do retículo endoplasmático rugoso (RER) são transportadas em direção ao complexo de Golgi, passando por sínteses modificadas e enviadas aos seus destinos finais.
Essa organela tende a se concentrar em células especializadas na secreção de substâncias hormonais, principalmente células de órgãos como: o pâncreas (síntese de insulina e glucagom), Hipófise (somatotrofina – hormônio do cescimento) e Tireoide (T3 e T4).

CITOLOGIA

A Biologia Celular, antiga citologia, aborda temáticas relacionadas às células:
- a evolução, organização e método de estudo das células de procariontes e eucariontes;
- citoesqueleto e citossol;
- vacúolos e inclusões;
- cílios e flagelos;
- membranas, suas especializações;
- permeabilidade celular;
- organelas – ribossomos, retículo endoplasmático granuloso e não-granuloso, complexo golgiense, centríolos, lisossomos, mitocôndria, cloroplastos (nas células vegetais);
- núcleo, nucléolo e envoltório nuclear;
- ácidos nucléicos;
- moléculas de adesão;
- diferenciação e interação celular;
- divisão (mitose e meiose);
- microscopia, envolvendo técnicas de preparação e estudo deste material biológico e uso de microscópios ópticos e eletrônicos.
Temáticas, dentre outras, permitem o estudo destas unidades estruturais, presentes em todas as formas de vida existentes, tanto uni quanto pluricelulares.