
A larva migrans cutânea é uma dermatose infecciosa que ocorre em países tropicais e afeta principalmente as crianças. Foi descrita pela primeira vez em 1874 e tem como causadores principais o parasita nematoide chamado Ancylostoma brasiliense e o parasita Ancylostoma caninum, embora outros também possam estar relacionados. É conhecido também como bicho geográfico ou bicho da areia.
Esses parasitas infestam o ser humano acidentalmente e, como não conseguem se desenvolver no organismo estranho, causam lesões na pele por migrarem por baixo da derme. As larvas podem penetrar no organismo por meio das glândulas sudoríparas, da pele intacta, ou por fissuras na pele.
A lesão cutânea é típica, sendo vermelhas e causando intensa coceira, desta forma o diagnóstico é feito pelos sintomas e pela verificação das lesões. Há outros sintomas como formação de trajetos inflamatórios que avançam cerca de dois a cinco centímetros por dia e podem ocorrer alergias e infecções microbianas secundárias.
O tratamento é efetuado por meio do uso tópico de pomadas e por meio de fármacos via oral, quando a pessoa estiver com intensa infestação.
O solo é contaminado por meio das fezes contaminadas de cães e gatos. Essas fezes contêm ovos que, de acordo com as boas condições do ambiente, irão se transformar em larvas e penetrar na pele do homem.
Desta forma, é necessário sempre proteger-se utilizando calçados, evitando locais úmidos e recolhendo as fezes dos animais domésticos para evitar a contaminação do solo e, consequentemente, a continuação do ciclo. É necessário também tratar os cães e gatos contaminados.
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